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Câncer

Câncer é um conjunto de patologias que possuem uma conexão de semelhança comportamental de ter a capacidade de migrar do órgão inicial para outro à distância. A nomenclatura universal define como tumor toda aquela doença que promova tumefação local e nela estão inseridas variáveis desde uma simples acne até as mais volumosas, como os miomas uterinos. Para que possamos classificar um tumor de câncer, há necessidade de essa massa ter a capacidade de emitir células para outros órgãos, as chamadas metástases.

A palavra câncer é de origem latina e significa caranguejo, e a doença possui um componente genético de iniciação promovido por mutação dentro do núcleo celular, que é desencadeado por agressões externas como cigarro, sol, vírus, bactérias, dentre outras. A transferência de genes alterados pode, em 5% dos casos, serem efetuados pela hereditariedade, que mesmo presente se caracteriza pela pré-disposição, sendo necessários outros fatores ao longo da vida do indivíduo que promova a doença. O primeiro passo para inicialização de todo o evento é a imortalização celular, isto é, a célula se recusa morrer e inicia um processo de duplicação acelerada que com a proliferação tumefaz o local, como se várias gerações de células imortais ocupassem o mesmo espaço . O passo seguinte é a passagem de células pela corrente sanguínea ou linfática, para se alojar em outros órgãos à distância.

O que é importante para a compreensão de desmitificação da doença, é que ela é individualizada para cada situação e paciente, podendo o mesmo tipo histológico num mesmo órgão, possuir comportamentos diferentes em pessoas diferentes. Isso faz com que seja impossível transferir um diagnóstico entre indivíduos. Porém, o método científico criou um modelo de classificação que nos permite projetar as melhores abordagens terapêuticas e prever o comportamento da patologia, com critérios técnicos muito bem estabelecidos.
Outros sinônimos do câncer são tumor maligno (mal empregado por denotar um castigo), neoplasia (novas formações) e doença oncológica ( do Grego ONKOS=tumor). Para se avaliar a diversidade que a doença possui, a leucemia, o câncer gástrico, o do pulmão e cérebro são classificados como câncer e são distintos na sua forma de manifestação, possuindo, como já dito, a característica comum de se alojar em outros locais diverso do sítio inicial.

A seguir, alguns dos tipos de câncer mais frequentes no ser humano.

Câncer ginecológico, mama e útero
Por que Prevenir?
Porque quanto mais cedo se descobrir a doença, mais fácil é o tratamento, pois os casos que ainda estão no início têm quase 100% de chances de cura.

Como Evitar o Câncer?
Para começar, procure levar uma vida saudável e na- tural, evitando o álcool em excesso, o futuro e a obe- sidade. Procure também realizar periodicamente os procedimentos de prevenção para cada tipo de câncer, como veremos a seguir:

Como Evitar o Câncer de Colo de Útero?
Trate sempre os eventuais processos inflamatórios vaginais, principalmente os de origem virótica, causados pelo HPV. Evite também a multiplicidade de parceiros e faça anualmente o exame para prevenção do câncer de colo de útero, seguindo as orientações dadas pelos profissionais de saúde.

Como se dá a prevenção?
Por meio de um exame ginecológico também conhecido como PAPANICOLAU, quando é colhido material do colo do útero e enviado para análise. Esse exame pode não só detectar o câncer de colo de útero como outras infecções vaginais e doenças sexualmente transmissíveis.

Quem deve fazer?
Toda mulher que já teve ou mantém relações sexuais.

Como se preparar para o exame?
• Não manter relações sexuais no dia anterior ao exame;
• Não usar duchas ou cremes vaginais nos três dias anteriores ao exame;
• Não estar menstruada no dia do exame.

Que serviço deve ser procurado?
Você pode procurar o seu ginecologista. O exame é simples, rápido e totalmente indolor.

O que fazer após exame?
Após o exame será marcada uma nova consulta, na qual você saberá o resultado e receberá novas orientações.

Como evitar o Câncer de Mama?
Amamente seus filhos, não fume, pratique exercícios regulares, evite situações de stress e mantenha seu peso corpóreo nos limites normais.

Como se dá a Prevenção?
O Câncer de Mama é uma doença que ainda não tem modelos de prevenção, porém, a detecção precoce favorece um alto índice de cura. O auto-exame e a ma- mografia são aliados consistentes na descoberta de doença.

Faça seu exame de seguinte forma:
Escolha uma data mensal, de preferência logo após a menstruação. Quem não menstrua, pode utilizar o dia do seu aniversário, que será comemorado dessa forma todos os meses do ano.

Na frente do espelho:
1. Levante um braço. Observe a mama e veja se aparece alguns desses sinais de alerta:
• Se a pele repuxa;
• Se o bico do peito fica para dentro;
• Se aparece algum caroço;
• Se a pele parece casca de laranja.
2. Repita com a outra mama. Levante os dois braços ao mesmo tempo e observe se as duas mamas sobem ao mesmo tempo. Caso isso não aconteça, é um sinal de alerta.

Deitada:
1. Coloque uma das mãos debaixo da cabeça. Apalpe toda a mama até a axila e observe se há algum nódulo ou língua.
2. Repita a operação com a outra mama.

Deitada, sentada ou em pé:
1. Comprima delicadamente o mamilo, verificando se ocorre saída de secreções. Fique atenta se a secreção tiver as seguintes características:
• Sangue;
• Pus;
• Líquido escuro;
• Líquido esverdeado;
• Líquido cristalino.

Câncer de Pele
A pele é maior órgão do corpo humano, e somente por isto justifica ser o mais acometido pelo câncer. Associado à sua extensão, a exposição permanente ao maior agente promotor de câncer, que é o sol, favore- ce a primazia de ser a estrutura que mais desenvolve a doença, em todos os registros epidemiológicos no planeta. Ela se divide em duas porções especiais: epiderme e derme.
A epiderme, é formada de células escamosas, que são como placas de revestimento assentadas sobre uma chamada de membrana basal. Na epiderme, em sua porção mais profunda, existem os melanócitos, são células produtoras de melanina, que dá a cor à derme, e contém os vasos sangüíneos e linfáticos, folículos pilosos e as glândulas (sudoríparas e sebáceas). A causa do aparecimento câncer de pele é a exposição por tempo prolongado ao sol, cujo raio ultra-violeta é o fator mais importante no seu desenvolvimento.
A manifestação clínica é característica, com alteração na coloração da pele, para avermelhado, inicialmente, evoluindo para uma lesão descamativa, que nunca cicatriza produzindo um purido(coceira) intenso.
A próxima etapa é a ulceração de pele (ferida) que também não cicatriza com tratamentos convencionais, pomadas, formando uma casca que se solta espontâneamente, e rapidamente surge outra. Em casos que não se efetua o tratamento, esta lesão pode atingir estruturas abaixo da derme, promovendo comprometimento de estruturas vizinhas como o osso e cartilagens, favorecendo a constituição de metástase em linfonodos regionais e até em outros órgãos.
O tratamento é essencialmente cirúrgico, com técnica adequada, em que a ressecação ampliada da lesão, com margens de segurança, superfíciais (nas bordas laterais lesão) e profundas (até além da derme), é suficiente para alcançar a cura, quando a doença é diagnosticada em fase inicial. Em lesões avançadas, a químio e radio podem constituir em agentes adjuvantes no combate à doença.
Outro tipo de câncer que ocorre na pele é o melanoma, se desenvolve a partir das células produtoras de melanina.

Câncer Colorretal
Câncer colorretal é a presença de câncer (tumor maligno) no colon e/ou reto, duas partes do sistema digestivo conhecido como intestino grosso. O câncer colorretal é uma doença que pode ser evitada. Trata-se de um dos tumores mais freqüentes entre homens e mulheres no mundo ocidental. É o quinto câncer mais diagnosticado no Brasil. Quando descoberto tardiamente pode ser fatal. Quase metade dos pacientes com este câncer ainda morre em menos de 5 anos após tratamento. Por isso é tão importante a sua detecção precoce, quando a possibilidade de cura é grande. Diagnosticado precocemente, bem em sua fase inicial, a sobrevida ultrapassa 90%. O câncer do intestino grosso, quase sempre se desenvolve como um pólipo na parede interna (camada mucosa) deste órgão, podendo vir a se tornar maligno com o tempo.

Os pólipos são lesões benignas que se desenvolvem na mucosa do intestino grosso de algumas pessoas. Geralmente, não causam sintomas, e só são descobertos quando é realizado exame de colonoscopia ou Rx do intestino (chamado de enema opaco). Através da colonoscopia, o pólipo pode ser retirado e examinado para saber se já se transformou em câncer.
O carcinoma colorretal apresenta uma maior incidênia a partir dos 50 anos de idade, embora possa acometer indivíduos mais jovens. Mostra íntima relação com dietas ricas em gorduras e proteínas animais e pobres em ingestão de frutas verduras e fibras; o consumo de álcool e cigarro também favorece o surgimento da doença. A presença de história familiar pode elevar o risco para desenvolvimento do câncer colorretal.

Os tumores de intestino, em geral, crescem de forma silenciosa. Os sintomas só aparecem quando estão mais desenvolvidos. Consulte o médico sempre que notar os seguintes sintomas:
• sangramento anal
• sangue nas fezes
• alteração do hábito intestinal, ou seja diarréia e obstipação alternados
• vontade freqüente de ir ao banheiro, com sensação de evacuação incompleta (puxos)
• dor ou desconforto abdominal ou anal
• fraqueza
• anemia
• sensação de gases ou distensão
• perda de peso sem causa aparente.

O tratamento do câncer colorretal, assim como da maioria dos tumores malignos, está baseada na realização de cirurgia, quimioterapia e radioterapia. A indicação de cirurgia exclusiva ou associada à radioterapia e/ou quimioterapia, assim como se radioterapia com ou sem quimioterapia será empregada em caráter neoadjuvante (antes da cirurgia) ou adjuvante (após- cirurgia), está na dependência do estágio da doença: se inicial, localmente avançada ou metastática (focos da neoplasia colorretal em outras regiões do corpo, freqüentemente no fígado, pulmão, eventualmente no osso e raramente no cérebro).

Câncer de próstata
O câncer de próstata é o tumor mais comum em homens com mais de 50 anos de idade. Com os progressos da Medicina e de outras áreas que interferem com a saúde, as próximas décadas terão uma população cada vez maior de homens atingindo faixas etárias bem superiores. Conclui-se, portanto, que mais casos de CP serão diagnosticados. Atualmente, existem no país diversas campanhas de detecção preco- ce dessa neoplasia (câncer).

A próstata é uma glândula localizada próximo à bexiga, cercando a uretra na sua porção inicial. As secreções prostáticas são o maior componente do líquido seminal (ou esperma). A origem do CP é desconhecida, entretanto, presume-se que alguns fatores possam favorecer o seu desenvolvimento.Entre eles, o fator genético, visto a incidência desta neoplasia ser maior em familiares portadores da doença. A presença de CP em parentes do primeiro grau aumenta a probabilidade de diagnóstico desse câncer em 18%. O fator hormonal é bastante importante, pois essa neoplasia regride de maneira significativa com a supressão dos hormônios masculinos (por exemplo, castração). Pesquisas feitas em ratos tratados cronicamente com testosterona mostraram o desenvolvimento câncer de próstata nesses animais. A testosterona não é indutora de câncer, entretanto, em homens já com a neoplasia ou com predisposição, a testosterona es- timularia o seu crescimento. Por outro lado, o CP não ocorre em eunucos.

Ultimamente, tem se dado muita atenção ao fator dieta. Dietas ricas em gordura predispõem ao câncer e as ricas em fibras e tomate diminuem o seu aparecimento. Baseados em levantamentos epidemiológicos em áreas geográficas de maior incidência de CP notou-se que dietas ricas gorduras aumentam os riscos de seu aparecimento. Talvez por interferência no metabolismo dos hormônios sexuais, várias outras substâncias estão sob investigação como as vitaminas, o cádmio, o zinco.

Doenças venéreas não têm relação com o CP embora o herpesvírus tipo II e o citomegalovírus induzam transformações carcinogenéticas em células embrionárias de hamster (pequeno animal de experimentação). O fator ambiental é alvo, também, de investigação. Populações de baixa incidência de CP, quando migram para áreas de alta incidência, apresentam um aumento na ocorrência de casos. Fumaça de automóveis, cigarro, fertilizantes e outros produtos químicos estão sob suspeita.

Como se trata?
O CP pode estar confinado à próstata na forma de um pequeno nódulo, como também pode estar restrito a ela, porém envolvendo toda a glândula. O CP, além de localizado, pode estar comprometendo os limites desse órgão e invadir outros órgãos adjacentes, como as vesículas seminais ou a bexiga. Linfonodos obturadores e ilíacos são, geralmente, o primeiro estágio das metástases para depois ocorrerem metástases ósseas. Para descrever a extensão do tumor (estadiamento) existem várias classificações (classificação de Whitmore, TNM). Além do fato extensão tumoral, é importante saber que o CP apresenta uma diversificação de célu- las, mais ou menos malignas, que também sofrem um processo de classificação (Classificação de Gleason).
Baseado no estadiamento do tumor e de sua classificação de Gleason é que se escolhe o tipo de tratamento.

Câncer de Pulmão
Apesar de o tabaco ter sido introduzido na Europa na época do descobrimento da América, por volta de 1500, o uso deste vegetal só foi difundido de forma significativa, em todo o mundo, após a segunda guerra mundial. Os soldados recebiam em suas mochilas um suprimento de cigarro e leite condensado. O hábito permaneceu, terminado o conflito, e se estendeu às mulheres dos ex-combatentes, disseminando-se em toda a sociedade de forma definitiva. O aumento da incidência da doença começou a preocupar as autori- dades sanitárias, e, na década de 70, diversos trabalhos começaram a descrever uma associação deste hábito com a doença. Porém, somente nos anos 80 trabalhos conseguiram estabelecer um vínculo forte do tabaco com o câncer de pulmão. Não é possível falar sobre câncer de pulmão sem mencionar o cigarro.

Esta introdução reflete a importância do tabaco na gê- nese e o aumento da incidência desta doença. Cerca de 80% dos cânceres de pulmão não existiriam se não tivéssemos o cigarro em nosso meio, e 5% do total de doentes consiste de fumantes passivos, isto é, indiví- duos que convivem com fumantes no dia-a-dia.

Diagnóstico
A doença é, invariavelmente, diagnosticada quando já existem sinais e sintomas claros da sua presença, isto é, em estágio avançado. Em raras situações, o diagnóstico é acidental, como no caso da realização de radiografia simples do tórax para outros fins e um nódulo é observado, ou quando o tumor tem seu sítio inicial em regiões pulmonares que promovem tosse ou dor precocemente. O diagnóstico de certeza é, como em outros tumores, determinado por exame da amostra do tecido tumoral detectado, a biópsia. Este procedimento pode ser realizado através de exame broncoscópico, com a introdução de um equipamento pela traquéia até o pulmão e retirada de pequenos fragmentos do tumor para análise. Biópsias com agulhas introduzidas diretamente no tórax, guiadas por tomografia computadorizada também viabilizam o diagnóstico. Às vezes, gânglios (ínguas) no pescoço ou acima da clavícula dão acesso fácil a uma biópsia. A mediastinoscopia (introdução de equipamento atrás do osso situado no meio do peito) tem sido, atualmente, um método de grande ajuda. No laudo da biópsia é freqüente a descrição do grau histológico, I, II, III…, que não significa o quanto a doença está avançada, e sim o grau de diferenciação do tumor, isto é, o quanto ele está diferente do tecido normal. Isto tem importância na estratégia de tratamento a ser empregada.

Tipos e tratamento
Os tumores pulmonares estão enquadrados em dois grandes tipos histológicos: tumores de pequenas células e não-pequenas células. O de pequenas células apresenta uma maior velocidade de duplicação, por conseguinte um maior risco risco de desenvolver metásta- ses, que norteia protocolos de tratamentos baseados em quimio e radioterapias exclusivas. O de não-pequenas células apresenta sub-classificação que não é importante no prognóstico e forma de tratamento, tendo valor didático: adenocarcinoma, escamoso e carcinoma de grandes células.
Os de não-pequenas células são passíveis de serem submetidos a procedimentos cirúrgicos quando o volume tumoral aliado à condição clínica individual favoreça este evento. A quimio e radioterapia também contribuem para melhora no prognóstico e para a qualidade de vida do paciente.

Tabagismo
O consumo de cigarros é a mais devastadora causa evitável de doenças e mortes da história da humanidade. Dos atuais 1,25 bilhões de usuários estimados no mundo, metade morrerá por doenças relacionadas com o consumo de cigarro como câncer de pulmão (90% dos casos), enfisema pulmonar (80%), infarto do miocárdio (25%), bronquite crônica e derrame cerebral (40%). Um quadro preocupante com conseqüências graves sobre a saúde da população, a economia e o meio ambiente.
Somos mais de 30 milhões de fumantes no Brasil, dos quais, a metade vai adoecer ou morrer pelo cigarro; neste número para nosso espanto estão mais de 30 mil crianças com menos de 10 anos.

O tabaco foi responsável por mais de 100 milhões de mortes em todo o planeta no século 20. A Organização Mundial de Saúde considera o tabagismo como uma pandemia, pois mata anualmente 3 milhões de indivíduos no mundo, mais do que a soma de mortes por AIDS, cocaína, heroína, álcool, suicídio, e acidentes de trânsito. Se medidas efetivas não forem tomadas, em 2020, este número chegará a 10 milhões de mortes, sendo 70% em países em desenvolvimento. A OMS divulgou que no mundo existem aproximadamente 1,2 bilhões de pessoas dependentes do cigarro, o equivalente a 1/3 da população adulta.
Estima-se que, no Brasil, a cada ano, 80 mil pessoas morram precocemente devido ao tabagismo, número que vem aumentando ano a ano. Em outras palavras, cerca de 10 brasileiros morrem por hora por causa do cigarro. O fumo é responsável por 30% das mortes por câncer e 90% das mortes por câncer de pulmão. Os outros tipos de câncer relacionados com o uso do cigarro são: câncer de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero. Além disso, 25% das mortes causadas pelo uso do cigarro provocam doenças tais como angina e infarto do miocárdio. O fumo é responsável por 25% das mortes por doenças cérebro vasculares, entre elas, derrame cerebral.